Cidadania Portuguesa: porque tantos estrangeiros querem ser portugueses
Não é necessário ter cidadania portuguesa para beneficiar das muitas vantagens de viver em Portugal, mas nalguns casos compensa ...
Recentemente, um dos maiores inquéritos mundiais sobre viver e trabalhar no estrangeiro destacou Portugal como "o destino ideal para se estabelecer rapidamente e sentir-se em casa no estrangeiro". O Expat Insider 2019 considerou Portugal como:
- o melhor país da Europa para viver (pelo segundo ano consecutivo);
- e o país do mundo com a melhor qualidade de vida.
De acordo com este inquérito, "os estrangeiros (em Portugal) estão mais do que satisfeitos com a sua nova vida: um em cada três considera que mudar-se para o estrangeiro os tornou ainda mais felizes".
Porque é que a vida é mais feliz em Portugal
O número de estrangeiros em Portugal continua a crescer de forma constante — e Portugal está mais do que feliz por recebê-los de braços abertos. Ano após ano, estrangeiros de todo o mundo têm escolhido Portugal para viver por razões tão diversas como:
- Custo de vida mais baixo, bem como preços de propriedade mais acessíveis;
- Comida e vinho deliciosos;
- Clima maravilhoso e preservação dos tesouros naturais;
- Um sentido geral de tolerância, aceitação e segurança;
- Acesso ao serviço nacional de saúde;
- Incentivos fiscais para estrangeiros, como o Estatuto de Residente Não Habitual;
- Assim como um estilo de vida mais descontraído onde coisas tão simples como ouvir "bom dia" fazem parte do dia a dia.
O Governo português tem criado sistematicamente programas para atrair mais residentes estrangeiros. No entanto, embora tanto a cidadania portuguesa como a residência permanente portuguesa lhe permitam permanecer em Portugal a tempo inteiro, existem algumas diferenças entre os dois estatutos. A escolha da melhor opção para si depende do seu estilo de vida.
As vantagens da cidadania portuguesa
Mais de 41.000 estrangeiros residentes em Portugal solicitaram a cidadania portuguesa em 2018, o valor mais elevado dos últimos cinco anos. Entre estes encontram-se nacionais de países terceiros (cidadãos não comunitários), bem como cidadãos britânicos que procuram garantir os seus direitos após o Brexit.
A cidadania portuguesa concede o direito de:
- Entrar e sair livremente de qualquer um dos 28 países que são atualmente membros da UE;
- Viver, trabalhar ou reformar-se em qualquer outro Estado-Membro da UE;
- Votar nas eleições e referendos nacionais e europeus;
- Obter um passaporte português que permite viajar sem visto ou com visto de entrada para 172 países.
Como obter a cidadania portuguesa?
As regras para a aquisição da cidadania portuguesa dependem de diferentes fatores, tais como o local de nascimento, a duração da residência em Portugal, a nacionalidade dos familiares, o registo criminal, entre outros.
As situações mais comuns em que pode solicitar a cidadania portuguesa incluem:
- Casamento:
- Se é casado ou vive numa união de facto, reconhecida por um tribunal, com um cidadão português há mais de 3 anos;
- Se é casado ou vive numa união de facto, reconhecida por um tribunal, com um cidadão português há mais de 3 anos;
- Nascimento em Portugal:
- Se nasceu em Portugal em 1981 ou mais tarde, os seus pais são estrangeiros e residiram legalmente em Portugal durante pelo menos 5 anos à data do seu nascimento;
- Se é filho de estrangeiros e viveu em Portugal nos últimos 10 anos;
- Progenitor português:
- Se nasceu no estrangeiro e é filho de um cidadão português;
- Se nasceu no estrangeiro e é filho de um cidadão português;
- Residência em Portugal:
- Se tiver mais de 18 anos de idade, residir legalmente em Portugal há pelo menos 6 anos e conhecer suficientemente o português.
Ser ou não ser... Português
Contrariamente a outros países da UE, como a Espanha, a legislação portuguesa permite que os cidadãos tenham mais do que uma nacionalidade. Por exemplo, se o Reino Unido deixar a UE em 31 de outubro de 2019, como previsto, os cidadãos britânicos poderão ser portugueses e continuar a manter o seu passaporte britânico. No entanto, porque cada país tem as suas próprias leis, terá que verificar com antecedência se o mesmo se aplica ao seu país de origem.
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